Cálculos dizem que a pandemia do novo coronavírus deve durar 7 anos

Cálculos dizem que a pandemia do novo coronavírus deve durar 7 anos

Com a criação da vacina, a esperança de um mundo sem a pandemia do novo coronavírus se acendeu, dando espaço para expectativas quanto ao futuro. 

Mas um cálculo feito pela empresa de dados Bloomberg aponta para um longo período de 7 anos que ainda teremos que conviver com o novo coronavírus. 

Isso quer dizer que podemos viver com necessidade constante de isolamento e medidas de segurança como máscaras, higiene frequente das mãos e distanciamento social por muito mais tempo do que podíamos imaginar lá no começo, quando a quarentena significava um período de apenas 40 dias. 

Como o cálculo foi pensado

Os especialistas em dados da empresa Bloomberg utilizaram diversas possíveis variantes diante do cenário atual para concluírem seus cálculos. 

A quantidade de vacinas, de doses, a rapidez na obtenção de insumos e até uma possível vacinação em crianças foram utilizadas para compor o resultado final da pesquisa. 

Os cálculos não levaram em conta qualquer nível de imunidade natural experimentado por aqueles que já tiveram o vírus.

Alguns especialistas acreditam que alguma imunidade é oferecida após uma infecção, mas ainda não está claro por quanto tempo ela dura.

Para a empresa, é importante olhar para o quadro global porque a pandemia é um evento global por definição.

Então, se um país não atingir a imunidade de rebanho, o vírus pode se estabelecer lá e ser exportado para outras nações, arriscando um ressurgimento internacional.

A demora na vacinação

Mesmo que as vacinas criadas tenham sido testadas e aprovadas rapidamente para o uso, ainda há diversos impasses para a conclusão de vacinação. 

São pelo menos 7,79 bilhões de pessoas em todo o planeta segundo a ONU. Por esse número expressivo, a imunização coletiva no mundo pode demorar.

Alguns países poderão encerrar suas campanhas mais cedo que outros, como Israel, por exemplo.

Em Portugal, a previsão é de quatro anos para vacinar toda sua população, embora o governo tente alcançar esta marca ainda este ano.

Já os Estados Unidos pretendem completar sua imunidade coletiva antes do Ano Novo de 2022.

A OMS reclama da disparidade na vacinação

O chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse a repórteres que, embora o número de vacinas Covid-19 administradas (115 milhões) tenha ultrapassado o número de infecções em todo o mundo (104 milhões), mais de três quartos das vacinas foram distribuídas em apenas 10 ricos países.

Em suma, pelo menos 130 nações – que somam 2,5 bilhões de habitantes – não administraram sequer uma dose da vacina contra o novo coronavírus.

“A menos que suprimamos o vírus em todos os lugares, podemos acabar de volta à estaca zero”, disse o chefe da OMS.

Tedros ainda conclamou os fabricantes de vacinas a implementarem “um aumento massivo na produção”.

O cenário pode mudar

Não se descarta a possibilidade do cenário atual ser modificado por alguns fatores como a ineficiência da vacina contra as variantes que surgiram na África do Sul e no Brasil, por exemplo. 

Ainda mais em países cujos habitantes possuem sérios problemas com saneamento básico, falta de atendimento hospitalar adequado, deficiência de informação sobre a Covid-19 e muitos outros fatores.

Sobretudo, a mudança também pode ser positiva, caso novas vacinas surjam e suas produções sejam aumentadas, podendo diminuir a duração da pandemia do novo coronavírus.

Veja mais:
Covid-19: Desafio da Nova Zelândia é alcançar a imunidade coletiva

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